30 de dezembro de 2012

É Delicado, Não É?


É delicado, não é? Tentar desembaralhar todos os meus problemas...
Como posso resolvê-los? O ano está acabando e eu não quero fardos
Acumulados, nem dores, nem amores, nem antiguidades... Não quero mais.
É delicado, não é? Praticar desapego e acabar se apegando mais ainda...
Acho que no fundo tenho uma insegurança que me prende ao passado, 
Sei lá, acho que é isso que me impede de seguir em frente, ou talvez seja o
Medo de não achar o que procuro, de não realizar o que almejo tanto.
É delicado, não é? Esse não saber onde começou e não ter certeza de
Como vai acabar, quando se tem o carma frequentemente ordinário.
Indo e voltando, sempre girando... Me canso só de imaginar os tormentos que 
Terei novamente caso não quebre esse destino, não quero mais casos ordinários.
É delicado, não é? Sofrer por algo sabendo que sofrerá novamente,
Amar alguém sabendo que amará outrem novamente, é constrangedor saber que
A sua jornada você deve caminhar sozinha. É delicado, não é? Viver somente
Para seu Eu, se dedicar somente para si mesma e seu interior... É difícil, 
principalmente para quem só sabe se colocar no lugar dos outros. 
É delicado, não é? Tentar desvendar todos os meus problemas e encontrar
O porquê deles ainda estarem lá... E mesmo que não consiga ao menos resolver
Quem sabe talvez consiga transformar em um fardo mais fácil de carregar.
É delicado, não é? Tentar clarear uma imensidão só com minha solitude.

Daniele Vieira



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