Tentei configurar esses sintomas mas nada bastou, empilhei meus anseios em outras perspectivas e de novo estava lá naquele vazio horizontal. Não havia nada para me assegurar, caí em reações obsoletas de mim. Como se já não soubesse me medicar... Como se já não soubesse controlar minhas reações. Quanta ironia nostálgica! Lembro-me de deixar sentimentos em outrora e embriagar-me de utopias severas.
O frio aos pés chega antes do contento e o calor aos olhos derrete minha visão antes da aprovação se concretizar. Agora tudo fica assimétrico, doentio, esdrúxulo, imperfeito e tão real... O pânico pós-queda tangencial desaparece como um sopro contrario à ventania e isso é um tanto constrangedor. Se antes a bravura e a eficácia fossem aliadas e tivessem os mesmos ideias racionais, talvez, repito talvez, nada houvesse acontecido.
E agora, diante de tais frustrações, prologar as ânsias só causaria mais devaneios impróprios e passionais. É preciso apagar tais atos, renumerar as consequências, planejar as futuras ações, fortalecer minhas estruturas e mesmo assim ainda estarei vulnerável as minhas reações obsoletas assimétricas desprovidas de razão.
Daniele Vieira
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