19 de fevereiro de 2012

Verão Boêmio


De olhos fechados, imaginando horizontes quebrados
Ela sorrir pensando em coisas banais, sem motivos.
Sofre em reação, em dores machucando atitudes.
Volta para casa, ela não tem casa. Ela é cigana,
Traça o mundo com os seus pés e na sua dança
Seduz os mais intocáveis medos, seduz teus medos.
Tem mistérios na fala e na escrita desdenha versátil,
Ela é dos sonhos, dos seus pesadelos. Ela sabe seus desejos.
Tem repulsa á aquele homem, que com os olhos...
Desvenda seus segredos. E com a boca, fala sua intriga.
Mas ela é tão insegura. Mas ele é tão ingênuo.
Ela precisa de um verão boêmio. Um homem Boêmio.
Em paz com o mundo e que viva sem tormento.
Ela precisa de calor latente emanando do teu corpo.
E ombros relaxados e os olhos secos. Ela precisa,
De amor por inteiro. Ela não é daqui, vive passageira
Ela não é do mundo realístico, ela é verdadeira no dadaísmo.
Adquire soluções trágicas, violão, vento e paisagem.
Quem sabe ele saiba, o que ela quer, o que ela precisa.
Talvez ainda exista, essência em "ser feliz". 
O quadril requebra, a música estronda. Quem é sua musa?
O problema não é a concorrência, é o carisma.
Praia, brisa, bate, vento, constante, seguimento.
Amor devia ser executado na contemplação mútua.
E ela abre os olhos, sorrir boba. Mente levada, insinua você.

Daniele Vieira

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