Refrata-me, esse suicídio da moral... Essa desculpa derramada
Desde que eu voltei, desde que eu segurei outra vez sua mão...
Agora, o que há de mim? Que há além desse vazio bagunçado?
Nada me tira desse desfecho e ainda doí, mas de forma auspiciosa...
Galanteio Agosto. Esqueço por de novo... Espelhos e fumaças
Respiro e sinto no meu Parecer-Ser. Ora, se não escreve, não me esquece?
Se não escrevo, não te esqueço? A vida e as imperfeições. A vida e você.
Eu e minhas falsas intenções refletidas em desculpas derramadas no bucólico
Poderíamos aspirar essa áurea campestre, esse vazio celeste, esse quebra-cabeça
Ainda que diga, meu florescer ainda tardia e minha aurora boreal chora...
Agosto, á gosto, teu gosto, agora teu rosto... Falecendo do triunfo como
As dores do amanhecer, mas saiba que antes o orvalho veio me acolher.
O que há de mim? Que há além desse vazio que preencho com poesia?
O que há de ti? Que me machuca sem saber como machucar?
Há em mim, a repressão lírica e suicídio da antiga moral.
Daniele Vieira
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