Devagar, contando os dias...
Tormentos borbulham em minha cabeça.
Já não sei, ao certo, o que é esse incomodo.
O que eu posso fazer?
Se minhas ações não demonstram tal sintomia
Com o que ando afirmando... Devolva-me
As minhas antigas quimeras. Ah, se o caminho certo aparecesse...
Aparecesse aqui perto, eu saberia que não estou me levando
Para mais um equivoco, nem para mais uma ilusão.
Acho que no fundo, nunca cruzei com o amor
De verdade... Apenas paixões que se afogam com o tempo.
Esse será meu castigo? Meu pecado é posto como aprovação
Cármica, e depois de dar o meu melhor
Para sentimentos tolos, futilidades, para machucar e curar
Frequentemente ordinário... Meu carma ordinário...
Devagar, contando o que acho que sei.
Não posso evitar esse gosto amargo do inevitável,
Nem o doce de outro afago, de outro atalho para o amor.
Daniele Vieira
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