É tão ontem. Tão apegada por sua simplicidade.
De rimas ricas para sonoridade urbana, vem taciturna.
No mistério se cala. Na agonia se manifesta.
Ainda permaneço naqueles versos da festa?
Que em poucas linhas estreitas, origina grande fortuna.
Escrevo, em medo, os pilhares de minha estranha qualidade.
Nova literatura. Nova expectativa. Porque ainda rima?
Se na imperfeição, ela acomoda? Se na dificuldade, ela recupera?
Essa estética é antiquada para uma homenagem
E ao mesmo tempo questionadora e suficientemente vítima
Para essa nova jornada entre letras que minha mente espera,
Em busca do encanto, ela fecha o livro e imagina nova paisagem.
Constante... Afirmo em negação, essas palavras, antes que se vão.
E ainda é tão ontem quando eu releio essas poesias estagnadas.
Eu me apego no conserto, palavras criam vidas. Surge alegria.
Os diálogos suicidam-se. Os cortes sagrando são da metrificação.
Fortes, limpam a caligrafia. Palavras choram quando não são selecionadas.
Entretendo o engraçado, disfarço minha prosa poética em poesia.
Em minha maneira, tão ontem, de homenagear esse dia.
Daniele Viera
*Dia da Poesia
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