Entre dores e amores, a poesia vem me acalmar.
Independência, não significa ficar sem alguém para cuidar.
Nos livros me conforto, na espera imploro. Que experimento!
Psicologia da paciência chega a loucura. Chega a outra dor.
Se tudo isso é para acumular conhecimento, se tudo isso...
Meu Deus! Se tudo isso já me joga para o fim?
E o amparo? Continuo acreditando no inevitável.
Nem sei mais em que acreditar, já que tudo que acredito é rotulado.
Já que tudo que acredito é derrubado, já que quem eu sou é aprisionado.
Quando digo que sei quem eu sou, é porque eu realmente sei.
Quando digo algo, é que eu realmente estou ciente e sei das consequências.
E eu desejo, e eu desejo. Que no despertar da aurora, eu ainda floresça.
Contudo no hábito, prevaleço forte diante da instrução que recebo.
Irá sempre, o inevitável me intriga. Amor, amores, tudo que preciso é flores.
Em virtudes inexplicáveis, a perfeição me abriga. Estagnação?
O ser chora, a alma desespera. Seria mais feliz com um amor de véspera.
Se eu conseguisse, se eu fosse capaz... Meu bem, eu não estaria,
Não estaria escrevendo sobre você outra vez. É inevitável.
Quando mais penso, fuzilo e esqueço, mais eu quero vencer.
Meu novo vício é acreditar. Porque nele sinto, nele vivo, nele compreendo.
Acreditar dá assas, e o isolamento se torna ilusório. E dores e amores...
São fragmentos de outras vidas. São fragmentos do meu inevitável.
Daniele Vieira
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