Outro amor, outra desculpa. Eu sempre acho,
algo para perder, algo para machucar. Eu gosto de ter o que pensar.
E essas ações são envenenadas, porque já não tem nada mais que eu possa fazer.
Tendo tempo para eternizar, todo o Eu, todo o Seu. E em teu egoísmo,
Eu encontro esse amor desgastado. O meu coração é quebrado e o seu...
O seu é platônico. É veneno de mais descendo. É, gasto o que nunca foi.
E nunca foi tarde para ainda dizer. E nunca é tarde para esclarecer.
Sozinho, nada escuta, tudo vira azul. E todos os sentidos embriagam teu ego.
Pendura instintos decolados com os meus. Sonha e compromete o futuro.
Incerto, o primeiro não é o melhor. E em outro amor, rosas são desculpas.
O inverno está aqui para te dizer, que essa palavras frias são só mais um reflexo
dessa nevada que me deixa. Te deixou, me deixou, congelou e eternizou.
E esses sonhos de papel? Garota de medos, constrói barreira envolta do seu castelo.
O auto-conhecimento é tão eclético. E tudo que você acredita, tudo que você tem
certeza de acreditar, realmente existe. Existe. Tudo que você julga existente, existe.
Porque vivemos nesse paradoxo, caindo para morrer se aprende a voar amando.
É sempre mais escuro na tempestade. E em outra desculpa, o segredo eu decifro.
Que na palavra, a poesia não agrada e a minha ruína ainda descompassa.
O tiro falhou, e a estrutura comoveu essas danças ilhadas em meus olhos transitórios.
Se voltou em caleidoscópio, se amo em plenitude. Digo, engano e me sustento.
E a escrita se torna mais um dos meus segredos, que toda essa prosa,
é apenas o carma herdado dos meus antigos textos.
É apenas o fardo de outro amor: outra desculpa.
Daniele Vieira
*texto dedicado*
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