Eu caí como neve nesse verso desestruturado
Eu caí de joelho como mais uma garoa numa necessidade
Eu caí sem firmamento como uma flor sem suas pétalas
Agora já não deliro nesse escrúpulo que me refratou
Agora já é um outro amanhã, para afogar os sonhos nos seus olhos
Agora já me deixa em pedaços, como eu posso ficar mais próxima?
Me dei o Sol, me preencha com o verão que nunca vem
Me mostre como eu posso transbordar algo que me questiono
Me enfeite com os raios que dançam nas copas das árvores
De gotas em gotas, eu esperava encher esse infinito oceano
De detalhe em detalhe, eu esperava ser o que desejava ser
De desejo em desejo, eu esperava que o céu não parecesse tão longe.
Daniele Vieira
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