15 de abril de 2013

Nada


Tudo que faltava, no "não há nada"
Talvez fosse o nada que fizesse falta...

Daniele Vieira

12 de abril de 2013

Vontade À Vontade


Vontade de ter vontade
Vontade de ver a verdade
Vontade de praticar a bondade
Vontade de derramar criatividade
Vontade de ser instrumento da felicidade.

A vontade não é sinônimo de praticidade
Então só a vontade em si, é uma fraude
A vontade, só, deixa tudo pela metade
E deixado à vontade, tem liberdade
Esquecendo as responsabilidades.

Daniele Vieira

7 de abril de 2013

Muralhas e Caminhos


Minha visão está embaçada por todas essas muralhas
Que levei anos para construir ao redor de mim
Isolando meus princípios, minha essência.

E agora não vejo o porque delas ainda existirem
Não me sinto protegida porém me sinto aparada
Pelo meu próprio orgulho e minha consciência.

O que eu quero, exige mais de mim
Antes isso do que desistir do que eu sempre quis
E as muralhas estão sendo destruídas por minha paz.

Quero minha poesia, quero meu livro em exposição
Quero sabedoria para tomar minhas decisões e quem sabe, 
Estarei construindo caminhos e não muralhas.

Daniele Vieira

Quero Me Perder


Quero me perder em palavras gentis,
Afastar suavemente todas as angústias
Expulsando de mansinho minha indecisão.

Quero me perder em pesamentos criativos,
Buscando explicações para todos os detalhes
Criando alternativas para até o não pensar.

Quero me perder em gente feliz,
Exalar felicidade pelos os olhos
Cativando tudo ao meu redor.

Quero me perder em mim.
E só me encontrar aqui
Na minha poesia.

Daniele Vieira

Meus Déjà Vus


Já faz tempo desde que eu lembro ter meus déjà vus 
Presente e atordoando-me no meus afazeres cotidianos.
A dor de cabeça é diária. E eu posso ver o hoje,
O amanhã e o incerto ecoando no meu paradoxo pessoal.

Lembranças incompletas, visão turgida perante o testemunho
E aflição no peito... Pronuncio mantras, repetindo continuamente,
Até a calmaria... Até minha paz ser restabelecida.
Sinto minha fraqueza, sei minhas fraquezas, conheço o inimigo.

Despertar-me em outrora e buscar-me renovada no final
 É meu dever, sustentar minha utopia perante meu próprio caos
A autodestruição torna-se algo psicológico.
Viciosa, inevitável, perigosamente confortável e tão perto de mim.

É tão absoluto, essa mania não é de hoje... Esses medos também não.
O tempo não cansa e desde que me lembro já deveria ter voltado
Aos meus sonhos. Livres de pesadelos e déjà vus.
O descansar é tão utópico e minha sanidade é tão explorada.

Daniele Vieira