30 de julho de 2011

War


Tiroteios desbravados pelo tumulto fixado em teus olhos.
Derrota, glória se fosse íntima. 
Se perde em agonias, alegrias, decepções, desfechos.
Fluindo entre pensamentos retrocedidos pelo teus desejos.
Costurados aos teus medos, tuas confissões, teu mundo.
Suave, desce, memória exemplar que tivera.
O passado deixa cicatrizes profundas.
As feridas ainda estão expostas, revelando minhas repulsas.
Se tenho coragem para fecha-las?
Não.
É preferível que continuem expondo mais as dores.
Só assim me dou conta de quem eu realmente sou.
E até aonde eu consigo suportar.
O meu coração já passou por mil testes de durabilidade.
Descompasso, bate, em vão, descompassa.
Continua alterando tuas ondas, enfileiradas nesse mar sem fim.
Adormeço ao relento, pensando em testemunhos.
Quem cometeu esse crime?
Abrandou sem nervos, adrenalina constante.
Imagem retocada em meio aos teus sonhos.
É como a dor e o conforto do inverno.
Sangrando por amor, sagrando por escrúpulos.
Mente aberta, visão translucida.
Se eu acreditar...
A guerra já acabou.
Mas os restos ainda tocam o meu rosto, 
é tarde para lembrar de como tinha certeza.
Você pode ser feliz, eu espero que seja.

Daniele Vieira

27 de julho de 2011

Homem formal



Essa pele alva, seca, morta.
Essa aurora boreal em teus olhos.
Esse congelados finos lábios.
Essa aura de cores fortes que te envolve,
te deixa perfeito para mim.
Gosto do incomum, calmo, sério.
Arrogante, ignorante, inteligente, severo.
Homem formal, de princípios e respeito.
Aquele que tem apreço pelo o inovador e antigo.
De mãos frias e tato quente.
Das olheiras de cansaço e do sorriso irônico.
Que me ignora e eu finjo que não ligo.
Charmoso tanto quando és belo.
Já te vi em filmes e em livros.
Vem, aparece pra mim.
Tão perto e tão longe.
Sinto escrúpulos em pensar em ti.
Tão surreal, concorda?
Louca, sim pelos teus defeitos.

Daniele Vieira

18 de julho de 2011

Losing


Sim, o tremor desses passos te entrega. É tão perceptível pela maneira que você expõem suas repulsas nas sua inspirações. Você é sua maior inspiração. Segue em contraste com os desalinhos da tua imperfeição, brandas ecoando no singelo suspiro que ofega diante do escuro. Calma, tua alma prevalece. Não tens medo do ruim, se sente seguro no mundo que não é tuas mãos que cria; aonde o branco prevalece, flui entre teus ares e se encontra envolvido em suas partículas repugnantes. 
Poucas são as palavras que enlaçam os sentidos, que permanecem efóricos em mim.
Eu me perco, eu me entrego, eu me encarrego. 
O fardo é pesado de mais, eu simplesmente perdi essa.
Perco tudo, menos a mim.
Quando acho que não tenho mais solução, dou passos; sim, quando sincronizados podem até dizer que é dança. Cambaleando de um lado para o outro, o destino é traçado.
Nunca perdi nada, por que o que foi um dia importante prevalece em meio do caos, prevalece na minha cabeça. Nunca perdi nada.
Só menti para mim mesma.
Nunca perdi uma inspiração, apenas mudei meus focos e objetivos. Como fui tão burra em pensar desse jeito, achando que perdia tudo? Como me deixei ser levada pela as palavras de outras pessoas?
No final, o que agente perde é só aquilo que não damos valor.

Daniele Vieira

2 de julho de 2011

Minha personalidade


De longe eu não sou a pessoa mais adequada para fazer esse  tipo de coisa. Nem a mais adequada  para escrever, mesmo que sejam pensamentos "vagos" como os meus. Não sou A destemida, A corajosa, A valente e também não sou A chorona, A angustiada, A desesperada. Eu não sou as "A". Sou a que carrega o azar ou o dom de unir personalidades e formar a minha, certamente, ainda não sei se isso é bom. É eu sou a típica pessoa que você odeia, a que fica não em cima do muro, mas a que entra nos dois lados para definir qual é o melhor e como resolver as consequências. É, sou A mediadora. Tanto que se pudesse, fugiria do mundo e escaparia para natureza e por lá descansaria despreocupada, eu? Despreocupada? Ah, sim vai ser bom se esse dia chegar. Sossego, alívio, descanso; essas palavras me iludem.
Por certas circunstancias diria que construir não seja a palavra ideal para formar minha personalidade, pois ela se construiu quando tomei coragem e ditei minhas perguntas e críticas, recém formuladas e intensifiquei-a quando descobri meus pontos fracos e meus defeitos, tentando sempre ocultar eles. Sim tenho personalidade calculista, gosto de observar, questionar e analisar. A palavra que eu procuro tenha que se parecer com absorver, mudar, relatar, inovar, surpreender, tentar e melhorar. Existe alguma palavra que seja sinônimo de todas essas? Não, acho que não, mas ela seria perfeita para definir minha personalidade.
Meiga, eu sou sim, romântica até demais. Sigo com a cabeça até aonde me permito, porque o meu coração sempre bate mais forte e acho gostoso esse sentimento abafado no peito. Será que um dia essa batalha da razão e da fé vai terminar? da mente e do coração? É eu acho que não, na verdade não me importo, ao certo eu gosto porque é no meio de tudo isso que eu encontro o equilíbrio e é lá que está minha personalidade.

Daniele Vieira