30 de julho de 2011

War


Tiroteios desbravados pelo tumulto fixado em teus olhos.
Derrota, glória se fosse íntima. 
Se perde em agonias, alegrias, decepções, desfechos.
Fluindo entre pensamentos retrocedidos pelo teus desejos.
Costurados aos teus medos, tuas confissões, teu mundo.
Suave, desce, memória exemplar que tivera.
O passado deixa cicatrizes profundas.
As feridas ainda estão expostas, revelando minhas repulsas.
Se tenho coragem para fecha-las?
Não.
É preferível que continuem expondo mais as dores.
Só assim me dou conta de quem eu realmente sou.
E até aonde eu consigo suportar.
O meu coração já passou por mil testes de durabilidade.
Descompasso, bate, em vão, descompassa.
Continua alterando tuas ondas, enfileiradas nesse mar sem fim.
Adormeço ao relento, pensando em testemunhos.
Quem cometeu esse crime?
Abrandou sem nervos, adrenalina constante.
Imagem retocada em meio aos teus sonhos.
É como a dor e o conforto do inverno.
Sangrando por amor, sagrando por escrúpulos.
Mente aberta, visão translucida.
Se eu acreditar...
A guerra já acabou.
Mas os restos ainda tocam o meu rosto, 
é tarde para lembrar de como tinha certeza.
Você pode ser feliz, eu espero que seja.

Daniele Vieira

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