2 de janeiro de 2012

Caleidoscópio Maroto


O teu caleidoscópio aprisionou o meu coração.
Fragmentos descolorindo, era minha aura deformando.
Reflexos, engatados pelas sombras que esfumaçam.
Sim, meu bem, sem você eu fico sem poesia.
Encaro os degraus marmorizados, a beleza é sarcástica.
Aprisiona-me e aos poucos me ilude... Ah, doce tentação.
Envolve essas vibrações do teu espírito traumatizado com o meu.
Os espelhos são plataformas, vem deixa eu te ensinar...
Ensinar-te essa dança, caleidoscópio maroto.
Ornamenta os padrões do me corpo, rejuvenesce minhas ideias.
Retrata essa figura destemida que tem medo de ser o eu.
Mim, meu, minha... Caleidoscópio fantasia a minha loucura.
Essência simétrica. Passa luz, passa energia. Gira e gira...
Tatuagem do tempo, mania de chorar por talento.
Menos, menos surpresas. A dança prometida já terminou.
Sim, meu bem, sem poesia eu fico sem você.
Despertou o agora, certeza indireta de pouco esmero.
Caleidoscópio maroto, vem sorrir. Esse coração já te fascina.
Calmo, suspira pesado. Coração envenenado, te amou, te amou...

Daniele Vieira

Nenhum comentário:

Postar um comentário