31 de julho de 2012

Dores Esmaltadas


Dores esmaltadas, distribuídas pelos fósseis persistentes 
E entre as ondas e os espelhos, desgasta essa agonia 
Mas mesmo dure ela, mesmo que arranque à pele
De ruptura lhe dói os desejos fragmentados pela loucura
Ela jazia oca, de decoração morta na praia
Na vida nunca teve orgulho, nem o prazer da satisfação
Mal alguém lhe nota, mal é integrada, sempre
Está coberta de ideias mirabolantes, quando fita o mar
Enlaça seus sentimentos com o dele, como se completamente
A dor passar, o frio passar e o vento estilhaçar o triste
Sente o vibrar do mar ecoando em sua solidão
Solidão que feliz fica se transforma em solitude.

Daniele Vieira

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