24 de abril de 2012

Aqueles Tempos


Pelas antigas malandragens que antes não eram dosadas,
Aonde se foi aquela doçura? Que de tão doce escoria veneno?
Em fim, respirar, olhar para os livros e voltar a imaginar
Hoje já sei mais do que antes pensei, já acredito em coisas
Que são inadequadas para a sociedade atual, perfeição mascarada?
Me derreto com aqueles medos bobos que me infernizaram
Acontece que nunca esqueço minhas origens, nunca esqueço
Daquele janeiro... Que janeiro, já era para ter parado com isso,
Abril sempre me surpreende, sempre trás novos amores,
Não consigo Abril odiar, até parece que é propaganda de sabonete
E as manchas escuras na poesia? Precisou de uma tempestade para limpar
Como era bom aqueles tempos de dourados, insubstituível coração
Tinta escorria na tela e meus maiores eventos eram as festas de pijamas,
Decoupagem era meu maior talento, minha felicidade era mais colorida
Que arco-íris de giz pastel, era mais fácil quando tudo era amador,
Minha poesia era bagunçada, sorria e salteava, beijava e não voltava
Novos tempos, novas perspectivas, nada melhor que sair da rotina.

Daniele Vieira

Nenhum comentário:

Postar um comentário